Com certeza você já deve
ter reparado algumas pequenas diferenças, além da quantidade de pêlos, das mãos
dos outros grandes primatas para as nossas.
Comparando
as mãos de todos os primatas, antropólogos viram uma escala “evolutiva”. Nos
társios não existe polegar opositor, os dedos apenas abrem e fecham para
agarrar um galho. Já nos outros primatas, a mão possui o valorizado polegar
opositor. Esse polegar (o seu dedão) não é um apenas um dedo entre os outros, o
animal que o possui tem a possibilidade de agarrar com precisão objetos (algo
que nenhum animal no mundo, que não tem o polegar opositor, faça.).
O que
acontece é que a mão humana tem pequenas modificações que permitem um maior
manejo de objetos muito pequenos (por exemplo, a operação de enfiar uma linha
em uma agulha é muito mais difícil nos grandes primatas que no ser humano).
Isso ocorre pelo fato de o polegar opositor, na espécie humana, está um pouco
mais próximo dos outros dedos.
Quando
surgiu o australopiteco, o primeiro Hominidae a abandonar o ambiente arborícola
e a andar de forma ereta, a mão ficou mais livre para manipular objetos. A
parti daí, a mão humana adquiriu pequenas modificações que lhe permitiu um
maior universo de invenções.
Em uma
escala de 0% a 100% de destreza e habilidade proporcionada pela mão, sendo
considerada a mão humana como 100%, chegou-se à conclusão que os társios tem
0%, os pequenos primatas de acordo com a espécie tem de 10% a 68%. Nos grandes
primatas os resultados obtidos foram: Chimpanzé e bonobo possuem 93%,
orangotango fica com 89% e o gorila se aproxima da mão humana com 94%.
No
próprio ser humano há grandes diferenças, geralmente aquelas pessoas que desenham
e fazem trabalhos minuciosos, com qualidade superiora a dos outros humanos,
possuem o polegar opositor muito bem definido e mais próximo dos outros dedos.
As
diferenças entre as ferramentas biológicas dos grandes primatas e as do homem
também são observadas nos pés.
Os pés
dos grandes primatas possuem o dedão mais afastado dos outros dedos. Isso por
que eles ainda possuem o costume de subir em árvores. O orangotango, que vive
no ambiente arborícola, possui um pé adaptado para prender-se a galhos, já o gorila
que vive na sua maior parte do dia em solo possui os pés adaptados para lhe dar
apoio ao subir em árvores. O pé que mais se aproxima do humano é o do
chimpanzé.
O pé
humano é o que menos esta adaptado para subir em árvores, isso se deve perda do
costume há a quase cinco milhões de anos atrás.
Essas
diferenças descritas acima, acreditam os cientistas, não influem na
inteligência, e sim são resultados desta. Para a maioria dos estudiosos,
primatologistas e antropólogos, a única diferença que faz o ser humano o mais
inteligente é a posição ereta. A parti da posição ereta (adquirida no
australopithecus) as mãos ficaram mais livres para o utilizo de outras funções
que estimularam o poder da invenção.
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